A presidente não discursou, mas, ao lado do ex-presidente, enxugou lágrimas, puxou palmas e até 'soprou-lhe' informações
FOTO: RICARDO STUCKERT/ INSTITUTO LULA
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Durante o evento, a atriz Camila Pitanga fez um apelo para que Dilma Rousseff vete o novo Código Florestal
Rio de Janeiro. A passo lento, mancando um pouco e amparado pela ex-ministra da Secretaria Nacional das Mulheres Nilcéia Freire, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva entrou no palco do Teatro João Caetano, no Rio, para receber cinco títulos de doutor honoris causa sob aplausos e palavras de ordem. "Lula/guerreiro/do povo brasileiro", entoou a plateia.
Chapéu preto sobre cabelos ralos devido ao tratamento contra o câncer de laringe, Lula, passou devagar em frente à mesa que comandaria os trabalhos. Sentada, a presidente Dilma Rousseff chorou.Rio de Janeiro. A passo lento, mancando um pouco e amparado pela ex-ministra da Secretaria Nacional das Mulheres Nilcéia Freire, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva entrou no palco do Teatro João Caetano, no Rio, para receber cinco títulos de doutor honoris causa sob aplausos e palavras de ordem. "Lula/guerreiro/do povo brasileiro", entoou a plateia.
Foi o início de uma série de elogios ao ex-presidente e a seus dois governos (2003-2010), comandada pelos reitores de quatro universidades federais do Rio (UFRJ, Fluminense, Uni-Rio e Rural) e também da Estadual (UERJ), que concederam os títulos. Todos exaltaram a política educacional de Lula.
Emocionado, mas sereno, o ex-presidente declarou-se honrado e disse sempre ter acreditado no "potencial libertador do conhecimento".
Código florestal
Mestre de cerimônias do evento, a atriz Camila Pitanga se dirigiu à presidente e disse: "Vou quebrar o protocolo. Veta Dilma!", em referência ao novo Código Florestal aprovado pelo Congresso e que aguarda sanção presidencial. A presidente riu e Camila foi muito aplaudida.
No dia 25 de abril, com o apoio da bancada ruralista, a Câmara aprovou a reforma do Código impondo derrota ao governo.
A maioria dos deputados acolheu o relatório de Paulo Piau (PMDB-MG) com 21 modificações no texto aprovado no Senado em dezembro, defendido pelo Palácio do Planalto. A possível edição de Medidas Provisórias (MPs) pela presidente para substituir artigos vetados por ela no Código terá o apoio de deputados que aprovaram o projeto.
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