segunda-feira, 19 de agosto de 2013

PT tenta impedir nova derrota do Planalto

Parlamentares petistas querem assegurar que metade das propostas de emendas impositivas vá para a Saúde

Brasília. Antes mesmo da votação em segundo turno das emendas impositivas na Câmara dos Deputados, marcada para amanhã, o PT já se articula para alterar o texto no Senado e atender a presidente Dilma Rousseff (PT). Petistas querem assegurar que 50% das propostas dos congressistas com prioridade para liberação de recursos sejam para a saúde, como deseja o Palácio Planalto.

"Se o Senado dedicar 50% à saúde, quem será louco de tirar o dinheiro?", diz José Guimarães FOTO: AGÊNCIA BRASIL

Na semana passada, a Câmara aprovou em primeiro turno proposta que torna obrigação constitucional a execução de obras e investimentos indicados ao Orçamento por deputados federais e senadores. Mas não carimbou 50% para a saúde.

Amanhã, os deputados devem votar mais uma vez a proposta e ela segue para o Senado, onde o PT e o governo preparam mudanças. "Vamos trabalhar o texto. Se o Senado dedicar 50% à saúde, quem será louco de tirar o dinheiro?", diz o líder do PT na Câmara, José Guimarães (CE).

Se alterado no Senado, o texto precisa ser mais uma vez ser apreciado por deputados, que terão a palavra final antes da promulgação da proposta, lembra o líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ). Além disso, o governo começa a semana empenhado em negociar com o Congresso para evitar outra derrota iminente: a derrubada de vetos capaz de provocar um rombo nos cofres públicos.

A expectativa é que Dilma peça hoje ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), a retirada de dois vetos incluídos de última hora na pauta que, inicialmente, tinha quatro itens. É a derrubada do veto que acaba com a multa de 10% do FGTS em casos de demissões sem justa causa que mais preocupa o governo porque impacta em R$ 3 bilhões os cofres da União.

domingo, 11 de agosto de 2013

Dilma sobe seis pontos em sua popularidade

Aprovação da presidente Dilma Rousseff é maior entre os que ganham até dois salários mínimos (41%). Entre os mais ricos o índice é o menor, de 29% Foto: Reuters
Depois de uma queda de 35 pontos percentuais na aprovação de seu governo, a presidente Dilma Rousseff teve uma ligeira recuperação, segundo pesquisa Datafolha concluída na última sexta-feira (9).
O índice dos que consideram o governo ótimo ou bom acabou subindo de 30% no final de junho, no auge dos protestos, para 36% agora. Segundo a pesquisa, a aprovação de Dilma é maior entre os mais pobres. Entre os que ganham até dois salários mínimos, 41% aprovam o governo.

Entre os mais ricos, aqueles que ganham acima de dez salários mínimos, a aprovação tem o menor índice (29%), mas foi nessa faixa que Dilma teve o maior crescimento entre aqueles que consideram a sua gestão ótima ou boa. O aumento foi de oito pontos percentuais.