Parlamentares petistas querem assegurar que metade das propostas de emendas impositivas vá para a Saúde
Brasília.
Antes mesmo da votação em segundo turno das emendas impositivas na
Câmara dos Deputados, marcada para amanhã, o PT já se articula para
alterar o texto no Senado e atender a presidente Dilma Rousseff (PT).
Petistas querem assegurar que 50% das propostas dos congressistas com
prioridade para liberação de recursos sejam para a saúde, como deseja o
Palácio Planalto.
"Se o Senado dedicar 50% à saúde, quem será louco de tirar o dinheiro?", diz José Guimarães FOTO: AGÊNCIA BRASIL
Na
semana passada, a Câmara aprovou em primeiro turno proposta que torna
obrigação constitucional a execução de obras e investimentos indicados
ao Orçamento por deputados federais e senadores. Mas não carimbou 50%
para a saúde.
Amanhã, os deputados devem votar mais uma vez a
proposta e ela segue para o Senado, onde o PT e o governo preparam
mudanças. "Vamos trabalhar o texto. Se o Senado dedicar 50% à saúde,
quem será louco de tirar o dinheiro?", diz o líder do PT na Câmara, José
Guimarães (CE).
Se alterado no Senado, o texto precisa ser mais
uma vez ser apreciado por deputados, que terão a palavra final antes da
promulgação da proposta, lembra o líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha
(RJ). Além disso, o governo começa a semana empenhado em negociar com o
Congresso para evitar outra derrota iminente: a derrubada de vetos
capaz de provocar um rombo nos cofres públicos.
A expectativa é
que Dilma peça hoje ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), a
retirada de dois vetos incluídos de última hora na pauta que,
inicialmente, tinha quatro itens. É a derrubada do veto que acaba com a
multa de 10% do FGTS em casos de demissões sem justa causa que mais
preocupa o governo porque impacta em R$ 3 bilhões os cofres da União.
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