O chefe de estado búlgaro, Georgui Parvanov, lamentou queda das relações comerciais entre os dois países REUTERS |
A presidente foi condecorada e defendeu o estreitamento das relações políticas entre Brasil e Bulgária
Sofia, Bulgária. A presidente Dilma Rousseff iniciou ontem uma visita de Estado de dois dias à Bulgária, país de nascimento de seu pai. No primeiro dia da viagem, Brasil e Bulgária assinaram dois acordos - um de cooperação econômica e outro na área de informática. Hoje, Dilma visitará suas raízes familiares em Gabrovo, cidade búlgara ao pé dos Bálcãs. Após reunir-se com o chefe de Estado búlgaro, Georgui Parvanov, Dilma foi condecorada com a ordem Stara Planina, a maior distinção da República da Bulgária. Na ocasião, defendeu mais relações econômicas e políticas com o país europeu. "Meu país vê na Bulgária um sócio nesta região, onde queremos estreitar e expandir nossa presença" disse a presidente.
Dilma ressaltou seu vínculo com a Bulgária "por laços de sangue, e pela memória de meu pai", Petar, que emigrou do país em 1929 e faleceu no Brasil em 1962. "Estou feliz e emocionada em visitar a terra natal de meu pai", salientou, durante uma cerimônia na sede da Presidência búlgara.
No âmbito bilateral, a chefe do Executivo brasileiro mencionou a possibilidade de cooperação com as autoridades búlgaras. "Quero aproveitar o caráter emotivo (da visita) para convertê-la também em possibilidades concretas de cooperação econômica", afirmou, referindo-se à Bulgária, membro da União Europeia desde 2007.
"O Brasil pode ser uma porta de entrada da Bulgária no Mercosul, e a Bulgária pode ser uma das portas de entrada do Brasil na UE", acrescentou. Dilma também disse que a Bulgária pode se beneficiar do exemplo positivo do Brasil na agricultura, energia renovável, biocombustíveis, fabricação de aeronaves e no processamento de petróleo.
As relações comerciais entre os dois países chegaram a somar quase 400 milhões de dólares em 2007, mas caíram para "pouco mais de 100 milhões" devido à crise, destacou Parvanov.
Ele expressou o desejo de que em dois ou três anos o comércio bilateral supere um bilhão de dólares, algo possível, segundo ele, a partir da visita histórica de Dilma à Bulgária.
Dilma também participou de um fórum econômico Bulgária-Brasil, que teve as presenças de empresários brasileiros. Ela elogiou o desempenho brasileiro ante a crise internacional e reiterou sua oferta de apoio à União Europeia para que a saída da tempestade financeira seja "menos dolorosa e mais rápida".
Raízes
Hoje, a presidente terá a parte mais "emotiva" de sua visita à Bulgária, com uma viagem a Gabrovo - cidade localizada a 230 quilômetros de Sofia -, onde seu pai, Petar Roussev, nasceu, em 1900.
Petar deixou a Bulgária em 1929, emigrou para a França e depois para a Argentina, seguindo depois para o Brasil, com o nome de Pedro Rousseff. Posteriormente, casou com a brasileira Dilma Jane Coimbra Silva e formou uma nova família, enquanto seus parentes búlgaros acreditavam que estava morto.
Em 1948, Pedro Rousseff escreveu uma carta para sua mãe, Tsana, na qual anunciava o sucesso como empresário da construção no Brasil, e que era pai de três filhos, incluindo Dilma Vana Rousseff.
Segundo a imprensa búlgara, a presidente Dilma poderá ver a certidão de nascimento do pai e ler duas das cartas enviadas por Petar à mãe. Uma delas incluía uma foto da pequena Dilma quando tinha apenas um ano. Hoje, ela discursará para os habitantes de Gabrovo no colégio em que seu pai estudou.
Sofia, Bulgária. A presidente Dilma Rousseff iniciou ontem uma visita de Estado de dois dias à Bulgária, país de nascimento de seu pai. No primeiro dia da viagem, Brasil e Bulgária assinaram dois acordos - um de cooperação econômica e outro na área de informática. Hoje, Dilma visitará suas raízes familiares em Gabrovo, cidade búlgara ao pé dos Bálcãs. Após reunir-se com o chefe de Estado búlgaro, Georgui Parvanov, Dilma foi condecorada com a ordem Stara Planina, a maior distinção da República da Bulgária. Na ocasião, defendeu mais relações econômicas e políticas com o país europeu. "Meu país vê na Bulgária um sócio nesta região, onde queremos estreitar e expandir nossa presença" disse a presidente.
Dilma ressaltou seu vínculo com a Bulgária "por laços de sangue, e pela memória de meu pai", Petar, que emigrou do país em 1929 e faleceu no Brasil em 1962. "Estou feliz e emocionada em visitar a terra natal de meu pai", salientou, durante uma cerimônia na sede da Presidência búlgara.
No âmbito bilateral, a chefe do Executivo brasileiro mencionou a possibilidade de cooperação com as autoridades búlgaras. "Quero aproveitar o caráter emotivo (da visita) para convertê-la também em possibilidades concretas de cooperação econômica", afirmou, referindo-se à Bulgária, membro da União Europeia desde 2007.
"O Brasil pode ser uma porta de entrada da Bulgária no Mercosul, e a Bulgária pode ser uma das portas de entrada do Brasil na UE", acrescentou. Dilma também disse que a Bulgária pode se beneficiar do exemplo positivo do Brasil na agricultura, energia renovável, biocombustíveis, fabricação de aeronaves e no processamento de petróleo.
As relações comerciais entre os dois países chegaram a somar quase 400 milhões de dólares em 2007, mas caíram para "pouco mais de 100 milhões" devido à crise, destacou Parvanov.
Ele expressou o desejo de que em dois ou três anos o comércio bilateral supere um bilhão de dólares, algo possível, segundo ele, a partir da visita histórica de Dilma à Bulgária.
Dilma também participou de um fórum econômico Bulgária-Brasil, que teve as presenças de empresários brasileiros. Ela elogiou o desempenho brasileiro ante a crise internacional e reiterou sua oferta de apoio à União Europeia para que a saída da tempestade financeira seja "menos dolorosa e mais rápida".
Raízes
Hoje, a presidente terá a parte mais "emotiva" de sua visita à Bulgária, com uma viagem a Gabrovo - cidade localizada a 230 quilômetros de Sofia -, onde seu pai, Petar Roussev, nasceu, em 1900.
Petar deixou a Bulgária em 1929, emigrou para a França e depois para a Argentina, seguindo depois para o Brasil, com o nome de Pedro Rousseff. Posteriormente, casou com a brasileira Dilma Jane Coimbra Silva e formou uma nova família, enquanto seus parentes búlgaros acreditavam que estava morto.
Em 1948, Pedro Rousseff escreveu uma carta para sua mãe, Tsana, na qual anunciava o sucesso como empresário da construção no Brasil, e que era pai de três filhos, incluindo Dilma Vana Rousseff.
Segundo a imprensa búlgara, a presidente Dilma poderá ver a certidão de nascimento do pai e ler duas das cartas enviadas por Petar à mãe. Uma delas incluía uma foto da pequena Dilma quando tinha apenas um ano. Hoje, ela discursará para os habitantes de Gabrovo no colégio em que seu pai estudou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário