terça-feira, 20 de dezembro de 2011

PT anuncia candidato em janeiro

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RODRIGO CARVALHO
Prefeita Luizianne Lins marcou a inauguração do estúdio da TV DN, ontem, momento em que falou sobre política e gestão municipal
Luizianne Lins preferiu não citar nomes de sua preferência, mas avisou que, após a indicação do PT, ela sentará com Cid
O dia 15 de janeiro é a data limite para o PT anunciar o pré-candidato que deverá disputar a Prefeitura de Fortaleza nas eleições do próximo ano. Durante entrevista, após visita realizada, na tarde de ontem, ao estúdio da TV DN, incorporada à redação do Diário do Nordeste, a prefeita Luizianne Lins avisou que o partido conclui, no início de janeiro, os debates sobre o assunto, assim como o consenso em torno do nome petista a concorrer na sucessão municipal.
Logo depois disso, Luizianne Lins, que é presidente do PT Estadual, vai levar para a avaliação do governador Cid Gomes, presidente estadual do PSB, o nome do petista escolhido para a sucessão municipal. A partir de então, o restante dos partidos da base aliada também serão chamados para tratarem da aliança a ser formada para a disputa eleitoral de 2012.

A conversa entre as duas lideranças ainda não está agendada, mas o próprio governador também voltou a admitir, na noite de ontem, que o PT tem prioridade dentro da aliança para indicar o nome que vai concorrer à Prefeitura. Entretanto, adiantou que a escolha deve ser bem avaliada, pois o PSB não aceitará qualquer nome somente por ter sido apontado pelo Partido dos Trabalhadores.

Conversar
A prefeita de Fortaleza explicou que quando for conversar com Cid Gomes já precisa estar com o nome petista escolhido. "É importante porque quando a gente for conversar é bom a gente já ter a perspectiva de candidatura e em que perspectiva vamos colocar. Que o PT lançará um nome isso já é certo. Eu ainda não posso é me posicionar sobre um nome até o partido encerrar esse processo, que foi pactuado num processo", afirmou.

Por enquanto, de acordo com a prefeita, estão sendo finalizados os ciclos de debates realizados pelo PT, nos quais são discutidas questões diversas sobre a Capital. "Nós estamos fazendo um ciclo de debates, que se encerra dia 4 de janeiro, e a nossa perspectiva é que até 15 de janeiro a gente esteja com o nome do partido unificado para a gente fazer o diálogo com os partidos da base", ressaltou a prefeita.

Durante a entrevista à TV DN, ao justificar o porquê de sua gestão ser continuada por um sucessor petista, Luizianne disse que é preciso aproveitar o novo ritmo que sua administração deu a Fortaleza e acrescentou: "Me permitiram muito pouco errar. Se eu errasse, seria o fim do mundo. As críticas sempre foram muito duras e as expectativas muito grandes. Nós erramos pouco. Fortaleza é outra, está bombando em nível nacional, em respeito, autoestima recuperada. Conseguimos dar novo ritmo a Fortaleza. Agora, o que vamos fazer com isso? Por isso o nosso projeto político deve continuar".

Crise
Em relação à crise nos ministérios de Dilma Rousseff, Luizianne informou que essas dificuldades atrapalham porque parte dos recursos a serem liberados para a Capital estão sendo prejudicados em função da cautela com a qual estão trabalhando os ministros. "O que realmente atrapalha é porque tem uma paralisação das ações dos ministérios. O ministro que está sendo acusado, ele trava tudo, ele senta em cima dos processos com medo", justificou.

Ao ser questionada sobre a denúncia-crime apresentada pelo Ministério Público contra ela no processo sobre o uso dos cartões corporativos, a petista fez críticas ao procurador Ricardo Rocha e lembrou que o valor está sendo descontado de seu salário. "Então, eu, de fato, só posso entender que ele deve ter uma coisa pessoal contra mim, não posso acreditar que aquilo ali seja uma coisa séria", reclamou.

Luizianne falou sobre obras de mobilidade urbana e afirmou que, além de ter recebido a Prefeitura em péssimas condições, "levou um susto" ao saber que teria de discutir obras como o Metrofor e Transfor, iniciados em gestões anteriores.

Como legado, a prefeita disse que desejaria deixar resolvido os problemas relacionados à Praça Portugal, apontando até como possibilidade acabar com a rotatória do local, além de extinguir os estacionamentos perpendiculares que ficam no lugar.

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